15 de jul. de 2010

O que está errado com o que comemos?

Por Ursula Jahara * 14.Julho.2010

Nessa nossa Mistura Viva, buscamos fazer a ligação do alimento, com o nosso corpo, com o nosso planeta - tudo conectado.  Afinal, somos Seres interdependentes!  E são nessas buscas de RE-conexão, que encontramos vídeos como esta palestra abaixo.  Não, essa palestra não fala de alimentação crua viva, mas fala da industrialização - incluindo a industrialização de animais como fonte de alimento - e desconexão em massa dos nossos um dia 'alimentos' (estamos nos tornando uma sociedade, um sistema encaixotado, empacotado, enlatado, enferrujado!) e o que isso tem gerado - negativamente - para nosso corpo e para o corpo de nosso planeta.

Assista a palestra do escritor da seção de comida do New York Times, Mark Bittman (que vem escrevendo sobre isso há pelo menos 30 anos), onde ele aponta o que está errado na forma como comemos atualmente - muita carne, poucos vegetais; muito fast food, pouca comida feita em casa - e porque isso está colocando todo o planeta - inclusive nós - em risco.



  Alguns trechos da palestra:

 * 10 bilhões de animais mortos ao ano (apenas nos EUA) !!!!!!!

 * Depois da produção de energia, a criação de animais é o segundo maior emissor de gases que alteram a atmorsfera. Cerca de 1/5 de todos os gases do efeito estufa é gerado pela produção de animais - mais do que pelo transporte.

 * Vocês podem fazer todas as piadas que quiserem sobre peidos de vaca, mas o metano é 20 vezes mais tóxico que o CO2.

 * A criação de animais é também um dos maiores responsáveis pela degradação da terra, poluição do ar, e da água, secas, perda da biodiversidade.

 * Metade dos antibióticos nesse país não são administrados para pessoas, mas para os animais.

 * As chamadas doenças de estilo de vida - diabetes, doenças cardíacas, infarto, alguns cânceres - são doenças que prevalencem muito mais aqui do que em qualquer outro lugar do mundo. E essa é uma consequência direta de se comer uma dieta Ocidental. Nossa demanda por carne, laticínios e carboidratos refinados - o mundo consome um bilhão de latas ou garrafas de Coca-Cola por dia - nossa demanda por tais coisas, não nossa necessidade, nosso desejo - nos leva a consumir muito mais calorias do que é bom para nós. E essas calorias estão em alimentos que causam, não previnem, doenças.

 * Nos disseram, nos deram certeza de que quanto mais carne, laticínios e aves nós comessemos, mais saudáveis seríamos. Não. O consumo exagerado de animais, e é claro, de junk food, é o maior problema, juntamente com o escasso consumo de vegetais.

 * A evidência é que os vegetais - e quero deixar isso claro - não são os componentes do vegetal, é o vegetal. Não é o beta-carotene, é a cenoura. As evidências apontam largamente que o consumo de vegetais promove saúde. Esta evidência é muito animadora neste ponto.

 * Animais e a junk food. O que eles tem em comum? 1) Não precisamos de nenhum dos dois para ter saúde. Não precisamos de produtos animais, e certamente não precisamos de pão branco ou Coca-cola. 2) Ambos tem marketing pesado, criando uma demanda artificial. Não nascemos com desejo de chocolate ou balas,. 3) a produção deles tem sido subsidiada por agências do governo, as custas de uma dieta mais saudável e ecologicamente correta.

 * Não há como tratar bem os animais quando se está matando 10 bilhões deles por ano. Esse é o nosso número. 10,000,000,000 (10 bilhões). Se você enfileirar todos eles - frangos, bois, porcos e carneiros - até a lua, eles iriam até lá e voltariam cinco vezes - ida e volta.

* Quando o Departamento de Agricultura (USDA) finalmente reconheceu que eram as verduras, e não os animais, que faziam as pessoas saudáveis, eles nos incentivaram, através de sua piramede alimentar simplista, a comer cinco porções de frutas e verduras por dia, juntamente com mais carboidratos. O que eles não nos disseram foi que alguns carboidratos são melhores que outros, e que vegetais e grãos integrais devem substituir o consumo de junk food.

* Lá pelos anos 70, pessoas avançadas, começaram a reconhecer o valor dos ingredientes locais. Nós criamos jardins, nós nos tornamos interessados em comida orgânica, nós conheciamos ou éramos vegetarianos. Nós tampouco éramos todos hippies. Alguns de nós estavam comendo em bons restaurantes e aprendendo como cozinhar melhor. Enquanto isso, a produção de comida tornou-se industrial. Industrial. Talvez porque estivesse sendo produzida racionalmente como se fosse plástico, comida ganhou poderes mágicos ou venenosos, ou os dois. Muitas pessoas passaram a ter fobia de gordura.

* Vamos olhar para a barra de granola. Você pensa que deve ser uma comida saudável, mas na verdade, se você olhar para a lista de ingredientes, está mais perto de ser uma bala do que ser um cereal.

* O frango é alimentado com milho, e então sua carne é moída e misturada com mais produtos do milho para ganhar massa e substância, e então é frito em óleo de milho. Tudo o que você faz é devorá-llo. O que poderia ser melhor? E atacá-lo horrivelmente, pateticamente.

* Agora você tem suas noites de pizza, você tem suas noites de microondas, você tem sua noite de derivados de animais, você tem suas noites de faça-você- mesmo e assim vai. Liderando o caminho - o que está liderando o caminho? Carne, junk food, queijo. Exatamente o que vai matar você.

* Nós temos que assumir responsabilidade em nossas próprias mãos, não apenas defendendo uma dieta melhor para todos - e aí está a parte dificil - mas melhorando a sua própria. E isto pode ser muito fácil. Menos carne, menos junk food, mais vegetais. É uma formula simples - coma comida. Coma comida de verdade.
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