13 de jun. de 2008

Alimentação viva - ela é mais saudável, natural e, melhor, não prejudica o meio ambiente


Enquanto a vida se torna cada vez mais prática e os alimentos industrializados e semi-prontos se apresentam mais atrativos em meio a correria do dia-a-dia, nadando contra a corrente, surge uma alimentação natural baseada em sementes germinadas, algas, frutas e verduras frescas e orgânicas. Trata-se do crudivorismo. Um hábito que promete vida mais longa e saudável. Mas você sabe o que isso significa?

Os crudivoristas são os indivíduos que consomem os alimentos em seu estado natural, isto é, crus, ou no máximo, desidratados. Ao contrário das comidas cozidas e industrializadas que perderam muitos de seus nutrientes no processo de preparo, essas iguarias, conhecidas como alimentos vivos, preservam suas estruturas moleculares intactas e são ricas em vitaminas, sais minerais, enzimas e outras substâncias benéficas ao organismo. "Dependendo do calor progressivo que o alimento sofre, há uma destruição das enzimas e perda das vitaminas e sais minerais. As gorduras cis se transformam em trans, as proteínas são coaguladas e os açúcares podem ficar invertidos. Dependendo dos processos utilizados na industrialização, os alimentos podem agregar substâncias tóxicas nocivas ao organismo", revela a nutricionista e educadora ambiental Ros'Ellis Moraes.

Os alimentos vivos não consomem quase nenhuma
energia de nossos processos digestivos e criam
pouquíssimas toxinas ou reações entre si.
Eles fermentam muito pouco e são absorvidos
com facilidade.

Segundo o professor húngaro Edmond Bordeaux Szekely (1900-1979), que estudou e experimentou os alimentos vivos na cura de várias doenças, os alimentos disponíveis no meio ambiente podem ser divididos em:

- Biogênicos (geradores de vida), que incluem os alimentos vivos: grãos, sementes, leguminosas, cereais e hortaliças;

- Bioativos (mantenedores de vida), do qual fazem parte as ervas medicinais, nozes, frutas cruas e frescas;

- Bioestáticos (diminuidores de vida), que engloba os alimentos cozidos, refrigerados e congelados;

- Biocídicos (destruidores de vida), que são representados pelos alimentos produzidos com a utilização de hormônios, inseticidas, agrotóxicos, corantes, acidulantes e conservantes que retiram por completo os nutrientes dos alimentos.

Para os crudivoristas, os alimentos industrializados (biocídicos) são justamente a causa do envelhecimento celular e de muitas doenças. "A carne vermelha, os laticínios, o açúcar refinado, as gorduras oxidadas e o sal refinado, além de possuírem uma estrutura molecular incompatível com o organismo humano, podem contribuir para o aparecimento de muitas doenças degenerativas. A forma de produção destes alimentos, com agrotóxicos, conservantes e aditivos libera resíduos tóxicos que se acumulam no corpo", esclarece Ros'Ellis.

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