Afora o fato de que comer carne é um hábito que facilita o aparecimento de diversas doenças como o câncer do aparelho digestivo e os problemas cardiovasculares, geralmente as criações são tratadas com rações industriais "enriquecidas" com antibióticos e hormônios que vão chegar ao consumidor através da carne, do leite e dos ovos (mais estrogênio...)
Tais aditivos podem causar câncer e danos no sistema imunológico e reprodutor de quem consome os alimentos contaminados.
Isso sem falar que, muitas vezes, os animais são abatidos em matadouros clandestinos sem as menores condições de higiene e de humanidade (fazendo com que o consumidor engula juntamente com a carne, a adrenalina e a energia de pavor que o boi liberou ao ser morto cruelmente).
O vegetarianismo, além de mais saudável e mais ético, é também economicamente mais rentável e ecologicamente mais correto. Segundo o IBGE, um boi precisa de 3 a 4 hectares de terra para produzir cerca de 200 kg de carne no período de 4 a 5 anos. Este mesmo espaço, pode-se colher 19 toneladas de arroz, ou 32 de soja, ou 34 de milho, 23 de trigo ou ainda 8 de feijão, sendo que pode-se plantar de 2 a 3 safras por ano, de alimentos muito mais puros, saudáveis e equilibrados. Sem falar nas imensas áreas de floresta que são derrubadas para a formação dos pastos.
De 20 anos para cá, muitas iniciativas tem sido tomadas no sentido de se tentar reverter este quadro. Embora ainda pequenas em relação ao tremendo poder e influência que tem as multinacionais e seus modelos, estas iniciativas têm dado os seus frutos. E um destes frutos no Rio de Janeiro, é a Coonatura, uma ONG sem fins lucrativos, reconhecida de utilidade publica estadual, e pioneira no setor da Agroecologia fluminense. Após 20 anos de luta ecológica aparece hoje, como a maior produtora de hortigranjeiros ecológicos do estado.
29 de out. de 2004
O Perigoso circuito de Comer
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