4 de mai. de 2010

Xarope de Agave desmascarado

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04/Maio/2010

No artigo anterior - Açúcar: docinho ou 'amargo'? - mencionei o docinho do Xarope de Agave, lançado e introduzido no mercado natural brasileiro há pouco, tendo como chave 'marketeira' o baixo nível glicêmico sendo até mesmo 'recomendado' para diabéticos.

Pois bem, no mês passado recebi newsletter diretamente de grandes estudiosos - como David Wolfe, Dr. Mercola e Dr. Gabriel Cousens - nos Estados Unidos  onde essa onda começou, principalmente com o Xarope de Agave 'CRU' vendido  ao público de 'raw foodists' (crudivoros).  As newsletters foram claras e diretas desmascarando essa farsa que mais uma vez circula nas indústrias que querem se beneficiar com a 'ignorância' (desconhecimento) alheia - me incluo nessa 'onda', pois consumi o Agave 'Cru', durante um bom tempo, enquanto morava na California, USA.

Mais uma vez confirmamos de que 'tudo' que passa pelas mãos do Homem, melhor desconfiar. Muitas vezes somos tidos como cobaias dos experimentos realizados pelos 'poderosos' e gananciosos. O melhor, é permanecermos - pesquisando, nos informando, e buscando a verdade!

Um brinde a vida!

Saúde!!

Ursula Jahara**

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Ontem, recebi de um amigo crudivoro, diretamente de Portugal, o seguinte artigo escrito por ele:

Agave, mais areia nos olhos dos vegetarianos, vegans e restantes consumidores

Por Luís Guerreiro

Ontem durante o picnic realizado na Gulbenkian falámos do agave - resolvi copiar este artigo previamente publicado no blog para poder esclarecer algumas das duvidas que surgiram na nossa conversa.
Em Portugal e no Brasil também, começa a surgir agora este adoçante que muitos pensam ser uma alternativa saudável...mas será?

De vez em quando a industria alimenticia, através dos seus lobbyes tenta jogar areia para os olhos dos vegetarianos e vegans.

Nos ultimos anos, principalmente nos EUA foi introduzido um novo tipo de adoçante, o agave - a comunidade crudivora foi uma das afectadas ao começar a consumir o suposto xarope de agave cru, principalmente os vegans mais extremistas que não querem usar mel. Sabe-se agora que o agave é proveniente da mesma industria que produz a tequila e alguns autores como David Wolfe refere envolvimentos da própria máfia na venda deste produto.

O publico mais informado deixou de consumir açucar refinado e xarope de milho para passar a consumir agave com a ilusão de que o mesmo seria saudável.

O agave tradicional era feito de yuca ou a planta do agave. O agave vendido comercialmente é feito do amido da raiz de uma espécie de ananás. Este amido é semelhande ao do milho ou do arroz e um hidrato de carbono complexo chamado inulina que é feita de cadeias de frutose. Tecnicamente a inulina é uma fibra altamente indigesta.

O processo de produção do "nectar" de agave actual é semelhante ao da produção do xarope de milho (o adoçante mais usado pela industria de bebidas gaseificadas como a Coca-Cola, por ex.), que tem sofrido imensas criticas pelos prejuizos á saude. É um processo enzimático e quimico que transforma o amido em frutose altamente concentrada. As enzimas são modificadas geneticamente. São usados ainda ácidos causticos, clarificantes e quimicos filtrantes. O resultado é um concentrado de frutose refinada e inulina.

Existem dois tipos de coloração do agave, claro e escuro. O agave escuro é resultado de um erro de preparação em que o mesmo é queimado, mas mesmo assim vendido como se fosse proveniente de origem artesanal para justificar a cor.

O agave é rico em saponinas. Saponinas que são abortivas pois estimulam o fluir do sangue para o utero. São esteroides tóxicos, capazes de destruir as células vermelhas do sangue. As saponinas são usadas como veneno para peixes. A industria descreve a saponina do agave como benéfica.

Uma das principais companhias distribuidoras do xarope de agave "cru", a Madhava, deixou de poder vender o produto por não poder garantir a qualidade do mesmo.

Embora com um índice glicémico baixo o xarope de agave pode provocar complicações variadas. Retirada de minerais do organismo, inflamação do figado, endurecimento das artérias, pressão arterial alta, doenças cardiovasculares e obesidade.

Outras complicações e efeitos secundários:

Síndroma Metabólico
Acido Urico
Problemas de resistencia insulinica
Problemas sérios de efeitos secundários em diabéticos
Pode produzir ainda diarreia e vómitos

Deve ser evitado por grávidas ou gestantes.

Estes adoçantes foram introduzidos no mercado pura e simplesmente para produzir lucro, aproveitando-se da desinformação do publico que preocupado com o açucar, aspartame e outros adoçantes correntes, procurava uma alternativa saudável.

A FDA teve que intervir junto do maior comerciante de agave nos EUA, a Western Commerce Corporation da California, por este estar a dulterar o agave com xarope de milho altamente concentrado, incluindo o agave considerado biológico. A empresa foi fechada.

A informação das etiquets do agave nem está conforme as regulações das agencias responsáveis pela alimentação, incluindo a FDA.

Em Portugal o agave é denominado "Geleia de Agave" e vendido pela Provida e outras empresas de alimentos "naturais".

Mais em inglês e referencias:
http://ecopypaste.blogspot.com/2010/02/agave-nectar-worse-than-we-thought.html

Referencias:

http://www.answers.com/topic/saponin
http://www.westonaprice.org/Agave-Ne...e-Thought.html
http://renegadehealth.com/blog/2008/11/25/is-there-corn-syrup-in-agave-nectar/
http://renegadehealth.com/blog/2009/08/14/agave-re-revisited-more-on-raw-agave-high-fructose-corn-syrup-and-how-fructose-effects-the-liver

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